13 de abril de 2016

Artigo científico, por que publicar?

Bom, nos meus tempos de estudante tínhamos as matérias da nossa grade curricular, trabalhos, apresentações, provas, enfim, o básico de qualquer Faculdade. Formei-me, passei em dois concursos, um na área bancária e outro na educação. Decidi pela educação, não como professora, mas na área Administrava, mais precisamente o Financeiro. Na nossa carreira me deparei com vários incentivos à qualificação, o que, de certa forma, me fez estudar mais. Por curiosidade comecei a ministrar algumas aulas. E para continuar nessa área, mesmo que informalmente, eu precisava de um Currículo Lattes voltado para a educação. Foi ai que me deparei com uma situação: a publicação de artigos científicos.
Quando estava na faculdade não tinha ideia de que ingressaria na área da educação e hoje eu vejo que não há um incentivo para que publiquemos artigos no momento em que estamos cursando. No momento em que temos os professores mais próximos.
Então, por que publicar? O primeiro motivo, como eu disse antes, é bom para o seu Currículo Lattes, quando estamos na faculdade é difícil prever qual será a sua área, em que você realmente vai trabalhar. No meu caso eu queria a área a Bancária, mas eu optei pela Educação. Durante o curso é normal você mudar seus planos, pois conhecemos muitos campos de trabalho, seus interesses podem mudar.
Segundo motivo, e, a meu ver, um dos mais importantes, a pesquisa científica favorece no amadurecimento de suas ideias e conceitos, estimulando sua criticidade. Você começa a levantar hipóteses, questionar, testar as teorias existentes e criar suas próprias conclusões. E por fim, a divulgação das suas ideias e o reconhecimento por parte de outros estudiosos. Quando o estudante-pesquisador conquista o reconhecimento pelo seu trabalho, suas chances de obter sucesso no mercado de trabalho são muito maiores.
E para aqueles que querem dar os primeiros passos nas pesquisas científicas, segue algumas dicas:
1.       Identificar e buscar informações sobre a área com a qual tenha maior afinidade, pois dificilmente se consegue ir adiante estudando algo que não se gosta.
2.       Conhecer os órgãos de fomento à pesquisa ligados às universidades, fundações públicas e privadas e os diversos programas de incentivo à pesquisa, mantidos por órgãos federais, estaduais e municipais e também empresas privadas. Por exemplo: FINEP, CNPq, Fundações Estaduais de Pesquisa (Fapepi, Fapesp, Fapese, Fapeam), Fundação Ford, Banco Santander, Banco Itaú,etc. Esses órgãos destinam recursos para pesquisas através de editais divulgados nos seus respectivos sites.
3.       Fazer contato com os professores-pesquisadores das instituições de ensino e nas áreas em que esteja interessado em aprofundar seus estudos. Para esse primeiro contato é importante conhecer antecipadamente as linhas de pesquisas do pesquisador (verificar no Currículo Lattes do mesmo) para então apresentar-se e tentar uma indicação em projeto por ele coordenado. Não é tarefa fácil, pois a maioria dos pesquisadores já possui uma espécie de “banco de talentos” com alunos já familiarizados com os assuntos a serem estudados. Uma opção é iniciar como voluntário desses pesquisadores, que passarão a avaliar o interesse e produtividade do estudante e, posteriormente, poderão indicá-los para as bolsas de pesquisa e iniciação científica.
A pesquisa científica é o fundamento de toda e qualquer ciência. A principal maneira de conferir se um estudo ou trabalho foi motivo de pesquisa é verificar se ela provocou avanços. E para finalizar eu lhes deixo o seguinte pensamento
“Se não houve avanços é porque não houve pesquisa – e se não houve pesquisa é porque não é ciência” (Marcos Bagno)


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