1 de novembro de 2012

RESENHA CRÍTICA: VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL E AUTOMOTIVAÇÃO


INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL SÃO JUDAS TADEU

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Curso de Administração

 

 

RESENHA CRÍTICA: VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL E AUTOMOTIVAÇÃO[1]

 

 

Juliana Picetti, Thais Carreires[2]

 

 

Porto Alegre/RS

2012

 

 

O EQUILÍBRIO ORGANIZACIONAL

 

 

ASCHENBACH, Alexandre. Valorização profissional e automotivação. Análise de sistemas USF, São Paulo. Disponível em: <http://www.artigonal.com/>. Acesso em: 06 set. 2012.

 

 

Não se pode ignorar o círculo virtuoso da valorização profissional e da automotivação. Muitas companhias acabam deixando de fazer sua parte por estar focada na busca de funcionários exemplares que irão satisfazer a sua empresa. Entretanto, a recíproca é verdadeira, pois muitos funcionários acabam esperando que a empresa os motive. A partir disso, surgem algumas perguntas: Quem é o bom profissional? Quem é a boa empresa? Há como manter um equilíbrio entre as duas partes?

Nada deve impedir a automotivação de um profissional. Nem mesmo as dificuldades, pois essas devem servir como um “empurrão” para o seu crescimento. Na rotina diária, muitos fatos desagradáveis colaboram para um desânimo pessoal, porém, é preciso ter força de vontade e fé em si mesmo para poder reagir de forma positiva sobre esses acontecimentos e não esperar que a empresa o faça. É fundamental ter metas e objetivos para se alcançar a automotivação. Não se deve parar e nem desistir porque alguém ou algo na empresa desagradou. Deve-se lembrar que sempre se pode manter o controle da situação tendo, portanto, a liberdade de se tomar uma atitude.

As empresas, por sua vez, devem estimular o crescimento profissional e pessoal do funcionário, dando-lhe a liberdade de usar suas habilidades da melhor maneira possível, sabendo respeitá-lo em seu trabalho e conhecimento. Muitas organizações exigem como requisito habilidades e conhecimentos desnecessários para um determinado cargo e acabam até pagando mais por algo que não precisam. Por isso, é necessário que a empresa defina com cuidado a descrição de seus cargos, estabelecendo um plano de carreira e fazendo com que seus profissionais saibam onde devem chegar, evitando, assim, que estudem e se formem em outros ramos por não verem oportunidades na carreira que trilham atualmente.

As organizações devem enxergar suas necessidades e criar metas e objetivos para que essas sejam supridas e, ao mesmo tempo, beneficiar e automotivar o funcionário. Além disso, a empresa, por meio de premiações e remuneração variável, baseadas em metas a serem atingidas e na colaboração, motiva o funcionário em busca de crescimento na empresa. Portanto, isso não deve ser tratado como uma perda e sim como um investimento. Outrossim, tão importante ou mais do que os benefícios citados anteriormente, está o respeito, que gera um clima agradável e motivante, seja na palavra dada, nas políticas ou regras adotadas pela empresa.

Ao abordar o tema automotivação, o autor afirma que nada que aconteça na organização deve impedir que o profissional se automotive e que sua motivação deve vir de dentro. Uma das teorias mais conhecidas em relação à motivação é a Teoria de Maslow[3], chamada de Hierarquia das necessidades, a qual, em linhas gerais, afirma que uma necessidade satisfeita não motiva mais o comportamento, apenas as necessidades não satisfeitas é que influenciam o indivíduo na busca por objetivos. Tal teoria parte do pressuposto de que os motivos do comportamento humano residem no próprio indivíduo e que, portanto, sua ação e comportamento derivam de forças que existem dentro dele mesmo, corroborando assim com a visão do autor. Maslow acrescenta, ainda, que algumas dessas necessidades são conscientes, enquanto outras não.

Em relação à valorização profissional, o autor defende a elaboração do plano de carreira e que as organizações ofereçam benefícios pelo atingimento de metas. Nesse ponto, outra teoria conhecida que corrobora com o pensamento do autor é a Teoria dos dois fatores, de Herzberg[4], que defende que a motivação para o trabalho depende de fatores higiênicos, ou seja, condições físicas e ambientais de trabalho, como salário, benefícios, políticas da empresa, etc., que, quando atendidos, evitam fontes de insatisfação e de fatores motivacionais, referindo-se então ao cargo e tarefas a serem desempenhadas, afirmando que quando satisfeitas produzem efeito duradouro e aumentam a produtividade, envolvendo sentimentos de realização, crescimento e o tão esperado reconhecimento profissional. Para Aguiar (2005)[5], usam-se nas organizações recompensas ou satisfações instrumentais para introduzir os comportamentos necessários. Por meio desse padrão, tenta-se recompensar os comportamentos desejados, esperando-se que, à medida que as recompensas aumentem, as motivações também aumentem.

O autor oferece um instigante artigo, dando visibilidade ao jogo de forças entre empresa e funcionário, no qual, de um lado, há um ser humano com objetivos pessoais e aspirações e, de outro, a organização com objetivo de atingir metas e obter lucro. Através do artigo, o autor empenhou-se em apresentar as características marcantes da automotivação e da valorização profissional, o que nos levou a compreender até onde vai a responsabilidade de cada uma das partes nesse processo organizacional. A partir das teorias de Maslow e Herzberg, pode-se perceber que é possível que um equilíbrio entre as duas partes possa ser alcançado, proporcionando benefícios para ambas.

 



[1] Resenha realizada como prática de produção textual da disciplina de Comunicação e Expressão, sob orientação da Profª Drª Edelvira Aída da Silva Moreira.
[2] Juliana Picetti é acadêmica do curso de Ciências Contábeis e Thais Carreires é graduanda do curso de Administração de Empresas.
 
[3] CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: o capital humano das organizações. 9 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
[4] CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: o capital humano das organizações. 9 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
[5] AGUIAR, Maria Aparecida Ferreira de. Psicologia aplicada à administração: uma abordagem interdisciplinar. São Paulo: Saraiva, 2005. 423 p. 

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