Bom, nos
meus tempos de estudante tínhamos as matérias da nossa grade curricular,
trabalhos, apresentações, provas, enfim, o básico de qualquer Faculdade. Formei-me,
passei em dois concursos, um na área bancária e outro na educação. Decidi pela
educação, não como professora, mas na área Administrava, mais precisamente o
Financeiro. Na nossa carreira me deparei com vários incentivos à qualificação,
o que, de certa forma, me fez estudar mais. Por curiosidade comecei a ministrar
algumas aulas. E para continuar nessa área, mesmo que informalmente, eu
precisava de um Currículo Lattes voltado para a educação. Foi ai que me deparei
com uma situação: a publicação de artigos científicos.
Quando
estava na faculdade não tinha ideia de que ingressaria na área da educação e
hoje eu vejo que não há um incentivo para que publiquemos artigos no momento em
que estamos cursando. No momento em que temos os professores mais próximos.
Então, por
que publicar? O primeiro motivo, como eu disse antes, é bom para o seu
Currículo Lattes, quando estamos na faculdade é difícil prever qual será a sua
área, em que você realmente vai trabalhar. No meu caso eu queria a área a
Bancária, mas eu optei pela Educação. Durante o curso é normal você mudar seus
planos, pois conhecemos muitos campos de trabalho, seus interesses podem mudar.
Segundo
motivo, e, a meu ver, um dos mais importantes, a pesquisa científica favorece
no amadurecimento de suas ideias e conceitos, estimulando sua criticidade. Você
começa a levantar hipóteses, questionar, testar as teorias existentes e criar
suas próprias conclusões. E por fim, a divulgação das suas ideias e o
reconhecimento por parte de outros estudiosos. Quando o estudante-pesquisador
conquista o reconhecimento pelo seu trabalho, suas chances de obter sucesso no
mercado de trabalho são muito maiores.
E para
aqueles que querem dar os primeiros passos nas pesquisas científicas, segue
algumas dicas:
1. Identificar
e buscar informações sobre a área com a qual tenha maior afinidade, pois
dificilmente se consegue ir adiante estudando algo que não se gosta.
2. Conhecer
os órgãos de fomento à pesquisa ligados às universidades, fundações públicas e
privadas e os diversos programas de incentivo à pesquisa, mantidos por órgãos
federais, estaduais e municipais e também empresas privadas. Por exemplo:
FINEP, CNPq, Fundações Estaduais de Pesquisa (Fapepi, Fapesp, Fapese, Fapeam),
Fundação Ford, Banco Santander, Banco Itaú,etc. Esses órgãos destinam recursos
para pesquisas através de editais divulgados nos seus respectivos sites.
3. Fazer
contato com os professores-pesquisadores das instituições de ensino e nas áreas
em que esteja interessado em aprofundar seus estudos. Para esse primeiro
contato é importante conhecer antecipadamente as linhas de pesquisas do
pesquisador (verificar no Currículo Lattes do mesmo) para então apresentar-se e
tentar uma indicação em projeto por ele coordenado. Não é tarefa fácil, pois a
maioria dos pesquisadores já possui uma espécie de “banco de talentos” com
alunos já familiarizados com os assuntos a serem estudados. Uma opção é iniciar
como voluntário desses pesquisadores, que passarão a avaliar o interesse e
produtividade do estudante e, posteriormente, poderão indicá-los para as bolsas
de pesquisa e iniciação científica.
A pesquisa
científica é o fundamento de toda e qualquer ciência. A principal maneira de
conferir se um estudo ou trabalho foi motivo de pesquisa é verificar se ela
provocou avanços. E para finalizar eu lhes deixo o seguinte pensamento
“Se não
houve avanços é porque não houve pesquisa – e se não houve pesquisa é porque
não é ciência” (Marcos Bagno)
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